Feirinha Cultural recebe a visita de artistas de outras cidades

A região do Osmar Cabral é premiada com a apresentação de diversas manifestações culturais do Hip-Hop a dança do Ventre

Por Welita Santos, Lívia Kriukas, Neusa Baptista-Favela comunicação

Público na Feirinha Cultural curtindo as apresentações

O Projeto Feirinha Cultural, organizado pela Central Única das Favelas (CUFA-MT) levou para o bairro Osmar Cabral, em Cuiabá, talentos vindos de cidades do interior do Estado. O rapper Carlos Medrado, de Primavera do Leste, a dançarina Welita Santos, de Barra do Garças e b.boys (dançarinos de break) de várias cidades do Estado marcaram presença no evento desta quinta-feira (22), na feira livre do bairro. Os artistas integram as coordenações da CUFA em Sinop, Barra do Garças e Primavera do Leste.

A Feirinha Cultural é um projeto da CUFA-MT cujo objetivo é promover o acesso à cultura e ao lazer nas feiras livres da Capital. O projeto é realizado desde junho no Osmar Cabral, está mobilizando moradores de bairros como Novo Milênio, Jardim Fortaleza, Novo Milênio entre outros da região Sul da Capital. A ação acontece todas as quintas-feiras, às 19 h.

Grupo de Pagode KZA de Bamba

Desta vez, a Feirinha também recebeu a visita do grupo de pagode KZA de Bamba, banda que há 10 anos trafega pelo meio musical, além de alunos da oficina de dança oferecida pelo Centro Esportivo e Cultural da CUFA-MT e dos pequenos sambistas do Projeto Caçulas do Pandeiro. “Este é um evento que movimenta o bairro, traz cultura de uma forma diversificada e isso é muito positivo”, comentou o vocalista do grupo KZA de Bamba, Elton Assis de Oliveira (28).

Rap de raiz

A noite começou com pagode, que movimentou a feira, trazendo o público para mais perto. Logo em seguida, este público conheceu o rap de raiz, com composições de Carlos Medrado. Depois dos aplausos, foi a vez da coreografia preparada pelo dançarino Gleiberson Gandara, o “Coquinho”, responsável pela coreografia que tomou conta de seus alunos, formados por moradores dos bairros da região sul.

Apresentação dos alunos da oficina de Dança da CUFA

 

A dona de casa Adrielly Vieira de Carvalho (21), do bairro São João Del Rei, relata que uma ação desse tipo é importante e ficou interessada nos projetos da instituição. “Quero fazer parte dos projetos culturais e sociais da instituição, me interesso em buscar informações da CUFA e dos seus projetos”.

A dança do ventre levou leveza e sensualidade para os moradores, a maioria jamais tinha visto esse tipo de apresentação. Entre eles, o estudante Lucas dos Santos (22) “Este é um evento bacana, que traz mais visibilidade através da CUFA para o bairro, que é muito carente de cultura”, elogiou ele.

Performance de Dança do Ventre com Welita Santos da CUFA Barra do Garças -MT

A apresentação do grupo Caçulas do Pandeiro finalizou a noite com muitos aplausos à beleza da dança com os malabarismos com o pandeiro. A moradora Novo Milênio Lorraine Ferreira Costa (18), acredita que a feirinha é um a forma a mais de incentivar os jovens a participar de eventos culturais.“Eu participo de dois projetos da CUFA, do Projeto Pixaim e da oficina DJ.A CUFA é na verdade muito importante, pois vejo um futuro promissor dentro do que estou fazendo”.

Apresentação do Projeto Caçulas do Pandeiro

A comunidade aprova o evento, que está disponibilizando oportunidades diversas tanto a artistas locais quanto de outras cidades do Estado. Morador do bairrro Pedra 90, Josimauro Marcelo da Silva (28) conhecido como “Caçula do Pandeiro”, aponta a importância de participar de projetos como esse. “É importante colaborar em projetos culturais e sociais, principalmente que a CUFA vem fazendo, vejo também como uma divulgação do trabalho feito com as criança,s que é ensinar sobre a história do pandeiro, tocar pandeiro, samba no pé, dentre outros.” E ele elogia: “Aproveito para parabenizar a organização pelo trabalho desenvolvido na periferia e com os jovens dessa periferia, pois vejo que é muito difícil chegar até esse publico e a CUFA conseguiu e conquistou a todos. É o que estou presenciando nesse momento”.

Também residente no Pedra 90, José Santana (28)comenta sobre o orgulho de ver a população participar em massa de eventos como este.“Belíssima a iniciativa da CUFA, fomos muito bem recepcionado pela comunidade e pelos organizadores do evento. Esse projeto é só mais um que soma aos outros que vêm mostrando seu sucesso”.

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Vem aí Mima – Mídias Integradas Mato-Grossenses

Coletivos de comunicação do interior do Estado se integram aos coletivos Cuiabanos.

Por Fernanda Quevedo.

Mídias Integradas Mato-Grossenses

No ultimo sábado (24) os coordenadores de Comunicação da CUFA-MT reuniram-se com os coletivos de comunicação integrados ao Mic – Mídias Integradas Cuiabanas. Uma das pautas em questão era a abrangência estadual do MIC, de forma que novos agentes do interior do estado pudessem integrar-se ao coletivo.

A outra, e não menos importante pauta, foi o planejamento da comunicação do Partido da Cultura (PCult), movimento capitaneado por profissionais da Cultura de todo o país, com o objetivo do provocar o debate cultural na agenda política nacional, em especial em um ano eleitoral.

Mima – Mídias Integradas Mato-grossenses, como está sendo denominado o coletivo de comunicação estadual, tem como metas, a curto prazo, a criação de uma identidade visual, um site colaborativo, onde os agentes de comunicação todos os envolvidos no processo terão acesso, bem como a formatação da “Semana de Comunicação”. Mima, além de reunir os coletivos integrados, também oportunizará a formação e capacitação dos seus envolvidos.

O Mima fará a divulgação por diversos veículos, em especial nas redes sociais na internet. “Enquanto que em 2008, o Mic foi criado e gerido com pauta nos festivais de todos os coletivos culturais integradas, o Mima será gerido tendo como principal pauta o Partido de Cultura”, ressaltou Ney Hugo da Comunicação do Instituto Cultural Espaço Cubo.

Fazem parte hoje do Mima os agentes de Comunicação da CUFA de Cuiabá, Sinop, Barra do Garças, Marcelandia, Peixoto de Azevedo, do coletivo de áudio visual Próxima Cena, Espaço Cubo, Factóide, entre outros.

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Galhos do Fórum Permanente de Cultura

Partido da Cultura de Mato Grosso aprova carta de propostas em plenária

Por Fernanda Quevedo

Classe cultural debatendo as propostas do PCult

Ontem, na Casa Fora do Eixo, os militantes do Partido da Cultura, também conhecido como PCult – MT, encontraram-se pela segunda vez, e aprovaram a carta de propostas a ser apresentada aos candidatos da eleição que se aproxima. O Partido, que se configura como um movimento de profissionais da cultura, organizados no Fórum Permanente de Cultura de Mato Grosso, que intentam tornar o debate cultural latente na agenda política-eleitoral, já conta com o apoio de alguns candidatos, como Wilson Santos, Mauro Mendes, o candidato a Deputado Estadual Aislan Galvão, e Pedro Taques, que concorre a uma vaga no senado.

Aislan Galvão e Pedro Taques estão participando ativamente do debate, sendo que o segundo participou de uma reunião com blogueiros e twitteiros que foi transmitida pelo Twitcam. Já os fiéis escudeiros de Wilson Santos e Mauro Mendes, Mário Olímpio e Fernando Capilé, respectivamente, representaram e declaram apoio de seus candidatos em reunião presencial. Todos os candidatos ao governo já confirmaram presença nas reuniões do PCul-MTt, com exceção de Silval Barbosa.

Candidato a Deputado Estadual Aislan Galvão (camisa listrada) participou pela terceira vez da reunião

Pablo Capilé, produtor cultural do Espaço Cubo, deu o “pontapé” inicial da reunião, explicando as possíveis duvidas com relação ao movimento e enfatizou: “Enquanto movimento cultural, precisamos envolver os candidatos nas propostas elaboradas pela classe, e evitar a idéia de partidarização do movimento. Essas reuniões que estamos provocando não podem, e nem devem se tornar um palanque eleitoral para os que aqui vierem. Vamos provocar os candidatos, expor as nossas propostas e nos organizarmos para o monitoramento das mesmas”.

Entre os presentes estava o Presidente do Conselho Estadual de Cultura, Johnny Everson, assumiu que demorou um pouco para entender o Pcult. Em debate com a classe, entendeu que era um desdobramento do Fórum Permanente de Cultura. Ele destacou: “o Pcult é um dos galhos do Fórum. Precisamos continuar com a nossa postura suprapartidária, de forma que as nossas inclinações políticas fiquem resguardadas. Cada um de nós tem o seu candidato, e o nosso papel é traze-los para cá”. Mario Olímpio reforçou: “Nosso trabalho é envolver os candidatos na nossa pauta e não se polarizar em acusação”.

Johnny Everson, Presidente do Conselho Estadual de Cultura (em pé) contribui com o debate

A plenária, composta por produtores culturais de diversos segmentos como o Cururu e Siriri, Áudio Visual, Artes Cênicas e Visuais, bandas de rock, por jornalistas e também representantes de coletivos culturais como Espaço Cubo e CUFA (Central Única das Favelas), aprovou a carta de propostas que foi escrita com base nas 30 diretrizes prioritárias aprovadas na II Conferência Nacional de Cultura (II CNC), no conjunto de proposições das Conferências Nacionais de Economia Solidária e de Ciência e Tecnologia e nas deliberações do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura.

Destas, foram priorizadas 16 propostas, e todas podem ser visulizadas e questionadas no site do partido, bem como, no caso de Mato Grosso, no Fórum Permanente de Cultura on line. Daqui até o “grande dia”, serão oito terças-feiras, que é o dia da semana reservado para as reuniões do PCult. A próxima será no dia 3 de agosto, no auditório da Secretaria Estadual de Cultura, espaço que também foi bastante questionado por ser um espaço do Estado, mas que foi aprovado pela classe.

Mário Olímpio representando Wilson Santos no Pcult

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